Alma faminta segue as veredas da decoração
Ao som das águas incessantes
Sentimentos ocultos e exuberantes
Borboletas pousam no alto da minha visão.
Canção suave se dissolve em bosques distantes
Sonhos desfeitos deslizam em meu rosto
Assedio tua pele para esculpir o futuro e,
Sobre as pedras calar à força dos desejos ardentes.
Emoções no abismo estendem corredeiras além montanhas
Com o coração em silêncio para florescer vivente
Refletir o que sou sem laços, sem medidas
Encontrar-me no teu luar, refazer o presente
Tela contemplada pela natureza em sintonia
Sob árvores secas ao destemido inverno
Em brancas nuvens o céu azul a desenhar
Um vasto oceano de mulher a expressar
É fora o que vejo o que sinto dentro de mim
Meu segredo escuro quer enxergar
Fazer morada e no final do tempo brotar
Entender que para amar é preciso se entregar
Seguir encontros e desencontros
Estradas, pôr do sol e sinais
O ontem em esperanças desfeitas
O hoje mutável vivido outra vez
Invade as águas o meu passado
Minha completa insensatez
Em querer um bem querer
Distante, incoerente ao meu viver
Despede-se o sol, aquecendo minha alma
O mundo desvendar, em travessias atravessar
Calorosamente agasalhar as surpresas ao anoitecer
Em sonhos com as estrelas, aguardar o que será de mim ao amanhecer.
Adélia Carvalho Dos Reis
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